Consciência Negra: Ritmos Afro-Brasileiros – Cangoma
COMPARTILHE ESSE EVENTO
Local:
Museu Felícia Leirner e Auditório Claudio Santoro - Av. Dr. Luis Arrobas Martins, 1880 – Alto Boa Vista - Campos do Jordão (SP)
Data:
Dia 23/11/2024, às 11h
Entrada:
Inteira R$ 15,00 e meia R$ 7,50 (política de gratuidade e meia entrada: www.museufelicialeirner.org.br).
Informações:
Contato: (12) 3512-2508 ou contato@museufelicialeirner.org.br
“Cangoma” é um canto dos escravizados africanos que foram trazidos ao Brasil durante o período colonial. As pessoas se reuniam para dançar, tocar e cantar depois de uma longa semana de trabalho forçado. Esse momento era o cangoma, onde se reportavam a seu lugar de origem e participavam de ritos de suas tradições, sem que fossem incomodados pelos senhores e capatazes.
O objetivo da oficina é servir de ferramenta de pesquisa para aqueles que visam conhecer mais profundamente a música brasileira de matriz africana, e “Cangoma” foi escolhido como título desse projeto para simbolizar a necessidade de falarmos, estudarmos e valorizarmos a cultura presente e representada nos tambores.
As expressões populares incluem inúmeros padrões de sons percussivos e movimentos corporais reconhecidos pelas pessoas que os praticam como ritmos afro-brasileiros.
Esses ritmos são sedimentados na cultura popular a partir de uma memória geracional e ancestral que as comunidades constantemente recriam. Seu aprendizado, nesses contextos, ocorre pela vivência pessoal, pela transmissão geracional e comunitária, empiricamente, com as crianças brincando de imitar a brincadeira dos mais velhos, tão naturalmente como aprendem a falar, em práticas nas quais a música não atua como linguagem exclusiva.
A dança, em primeiro lugar, é a linguagem que tem um papel de representação espacial dos eventos sonoros, em especial os eventos rítmicos. O som e o corpo atuam lado a lado. Essa paridade, na cultura brasileira, com a reconhecida presença da matriz africana, é de grande relevância nos contextos populares. Portanto, quando falamos de ritmos afro-brasileiros, estamos falando de música e dança ao mesmo tempo.
Ijexá, Barra Vento, Congo de Ouro, Cabula, Arrebate e inúmeros outros ritmos afro-brasileiros são música e dança. A partir desta oficina, o acesso a essa diversidade de ritmos ficará mais inteligível.