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EXPOSIÇÃO VIRTUAL

MUSEU DESCONHECIDO: CORES E FORMAS DA NATUREZA

A diversidade de espécies existentes no fragmento de Mata Atlântica em que estão localizados o Museu Felícia Leirner e o Auditório Claudio Santoro, constitui uma sinfonia de cores, formas e texturas. Composta por árvores, flores, arbustos, plantas rasteiras, epífitas e fungos, a reserva caracteriza-se como Floresta Ombrófila Mista, com presença de Araucárias, Quaresmeiras, Brincos de Princesa e Samambaiaçus, que contribuem para a conservação da biodiversidade.

Para quem caminha pelas alamedas do museu, a natureza em harmonia com o acervo de esculturas convida para um universo desconhecido que guarda pequenas e grandes belezas. Assim, a exposição virtual “Museu Desconhecido: Cores e Formas da Natureza” é um recorte da diversidade de espécies do Museu Felícia Leirner, revelando a riqueza dos detalhes e reconhecendo as funções ecológicas de cada categoria.

ARAUCÁRIA

De copa larga, a Araucaria angustifólia, conhecida apenas como Araucária, pode atingir até 50 metros de altura. É um gênero de árvore dióica, ou seja, que possui sexos separados. A Araucária fêmea é caracterizada pela pinha e o macho pelo estróbilo. Quando o estróbilo amadurece libera o pólen que se dispersa pelo vento e fertiliza a pinha. Após dois anos, as sementes amadurecem e é quando ocorre o desprendimento dos grãos (sementes), conhecidos como pinhões. Eles são importantes para a manutenção da biodiversidade, servindo de alimento para diversos animais como o serelepe, a gralha-do-campo e também os seres humanos.

Devido à exploração, a Araucária está na lista de flora brasileira ameaçada de extinção. O reflorestamento, a partir das mudas, é uma ação estratégica de preservação da espécie, da biodiversidade e da minimização dos efeitos das mudanças climáticas. A Araucária é árvore-símbolo de Campos do Jordão e, no Museu Felícia Leirner, elas estão nos jardins, entre as alamedas, ao lado de esculturas e na mata ao redor.

SUCUPIRA

A Sucupira, Pterodon emarginatus, é uma árvore nativa da Mata Atlântica e tem o tronco revestido por uma casca com ritidoma com uma textura semelhante à de uma rolha. Essa casca protege os tecidos do excesso de evaporação e do contato com agentes nocivos presentes no ambiente. Além disso, sua raiz pode formar expansões que são conhecidas como “batata-de-sucupira” que atuam como áreas de reserva da planta. A Sucupira pode ser encontrada nos jardins do Museu Felícia Leirner, próximo à “Fase Orgânica”.

AGARICUS

Agaricus é um importante gênero de cogumelos. Com tamanho médio, chapéu hemisférico, pé cilíndrico e cor esbranquiçada, essa categoria possui espécies comestíveis e venenosas. No Museu, eles estão nos jardins, tendo ocorrência próximo às hortênsias a caminho da bilheteria.

PAINEIRA

Da família Malvaceae, a Paineira é uma árvore nativa que pode chegar até 30 metros de altura. No museu, ela está presente no início do percurso cronológico, próximo às esculturas em bronze pertencentes à fase “Figurativa”. Seu tronco possui acúleos, popularmente chamados de espinhos, que contrastam com a delicadeza e beleza das flores cor-de-rosa comuns entre o verão e o início do outono. Os acúleos atuam como proteção, afastando as ameaças.

Os frutos assemelham-se com cápsulas que liberam sementes utilizadas para a produção de novas mudas disponibilizadas para ações de reflorestamento e preservação ambiental.

LANGSDORFFIA HYPOGAEA

Langsdorffia hypogaea é uma planta parasita encontrada na floresta ombrófila que cerca os jardins do Museu Felícia Leirner. Elas possuem tubérculos subterrâneos e talos com folhas escamosas. É utilizada na confecção de velas no centro-oeste brasileiro.

PIXIRICA

A Pixirica, ou Clidemia hirta, é um arbusto que cresce até dois metros de altura. Possui frutos pequenos na cor azul escuro e arroxeados. Suas folhas têm uso medicinal, enquanto seu fruto pode ser consumido pela fauna local e também pelos seres humanos. Na época de floração, ela atrai abelhas para a polinização. No Museu, estão próximas às escadas que dão acesso ao mirante.

MANACÁ DA SERRA

O Manacá da Serra, Tibouchina mutabilis, é uma espécie nativa da Mata Atlântica que pode chegar a até 12 metros de altura. Seu nome, mutabilis, significa mutável, que justifica o fato de suas flores mudarem de cor. Nas cores branca e rosa, as pétalas contrastam com o verde-escuro das folhas que são rijas e pilosas.

Ela floresce entre os meses de novembro e fevereiro, estendendo-se em algumas regiões. Tem um apelo paisagístico pelo porte pequeno e por suas raízes não agressivas ao calçamento. O Manacá é muito útil e importante para o reflorestamento de áreas de preservação. No Museu Felícia Leirner é possível encontrá-lo nos jardins, entre as alamedas e próximo às esculturas em cimento armado. O Manacá da Serra é ainda uma das espécies presentes no viveiro de mudas da instituição.

CHROMOLAENA

Chromolaena é um gênero pertencente à família Asteraceae. Está presente próximo ao mirante do Museu Felícia Leirner. Suas flores na cor lilás contrastam com as folhas verdes ovaladas, atraindo insetos como borboletas e abelhas.

HYDNOPOLYPORUS

Hydnopolyporus é um gênero de fungo pertencente à família Meripilaceae que participa ativamente na ciclagem de nutrientes e na decomposição. No Museu Felícia Leirner é possível encontrá-los em raízes expostas e no tronco das árvores.

SAMAMBAIAÇU

Nativa da Mata Atlântica, Samambaiaçu, também conhecida por xaxim, possui caule ereto e ramos que chegam a até dois metros. A incidência dessa espécie, Dicksonia sellowiana, se dá em região de sombra ou meia-sombra, em terrenos úmidos e ricos em matéria orgânica, servindo de suporte para plantas epífitas como bromélias e orquídeas.

O tronco da Samambaiaçu dá origem a substratos e vasos utilizados nos cultivos de diversas plantas. Devido à exploração comercial, entrou para a lista de ameaçados de extinção, sendo assim, a extração e a industrialização do xaxim são, hoje, proibidas por lei. A Samambaiaçu se multiplica por meio de esporos e seu crescimento é lento, cerca de cinco a oito centímetros por ano. No Museu Felícia Leirner elas estão presentes na mata e nos jardins de esculturas, dentro das áreas sombreadas.

MIMOSA PUDICA

Com flores que parecem pompons, as dormideiras, Mimosa pudica, se desenvolvem em áreas de meia-sombra ou sol pleno. Quando tocadas, fecham suas folhas como estratégia natural de defesa. Elas podem ser encontradas próximas ao viveiro de mudas do Museu Felícia Leirner.

AECHMEA DISTICHANTHA

Aechmea distichantha é uma espécie de bromélia nativa de porte médio que atrai abelhas e pássaros para polinização. Suas flores possuem pétalas azuis, brancas e rosadas. São plantas epífitas que se desenvolvem sobre outras sem causar nenhum prejuízo. No Museu Felícia Leirner podemos encontrá-las nos galhos e troncos das araucárias.

BRINCO-DE-PRINCESA

O brinco-de-princesa é uma espécie híbrida do gênero fuchsia. Ela é um arbusto perene que pode atingir até três metros de altura. Sua incidência ocorre na América do Sul, havendo cerca de 200 espécies diferentes da planta. Possui variedades de pétalas, cores e formas, sendo possível encontrá-las nas cores rosa, violeta, branca e vermelha. A planta se adapta com facilidade aos ambientes podendo ser cultivada de forma ornamental. Suporta o frio e a geada que caracterizam o inverno jordanense. A floração do brinco-de-princesa ocorre quase o ano todo, atraindo beija-flores e outros polinizadores. Sendo assim, esta espécie é importante para a manutenção da biodiversidade.

No Museu Felícia Leirner, elas estão presentes nos jardins e próximas às alamedas, colorindo a paisagem e desempenhando um importante papel de preservação da mata ombrófila.

ONCIDIUM SP

Conhecida como chuva-de-ouro, a Oncidium sp é uma espécie de orquídea que apresenta flores amarelas, marrons e alaranjadas. As pétalas são bem pequenas, medindo dois centímetros e atraem borboletas. No Museu, elas podem ser encontradas perto das escadas a caminho do mirante.

ABELIA

Abelia grandiflora é um arbusto que floresce entre o verão e o outono. Suas folhas são pequenas e as flores são produzidas em cachos brancos e rosa, tendo cerca de dois centímetros. Preferem solos úmidos e ricos em matéria orgânica. No Museu Felícia Leirner estão nas alamedas e escadas que dão acesso à concha acústica.

QUARESMEIRA

A quaresmeira, Tibouchina granulosa, pertencente à família Melastomataceae, é uma árvore nativa da Mata Atlântica que pode atingir até 12 metros de altura. Suas folhas são rijas e cruzadas, suas flores são vistosas, na cor roxa. A floração ocorre duas vezes por ano, no outono e na primavera. É uma espécie pioneira, desempenhando um papel fundamental na recuperação de áreas desmatadas, sendo útil para o reflorestamento, recuperação da flora e servindo de suporte para a fauna local.

No Museu Felícia Leirner é possível encontrá-la nos jardins, próximos às alamedas e esculturas.

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Ficha Técnica

    GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
  • Rodrigo Garcia
    Governador do estado
  • Sérgio Sá Leitão
    Secretário de Cultura e Economia Criativa
  • Cláudia Pedrozo
    Secretária Executiva de Cultura e Economia Criativa
  • Frederico Mascarenhas
    Chefe de Gabinete de Cultura e Economia Criativa
  • Paula Paiva Ferreira
    Coordenadora da Unidade de Preservação do Patrimônio Museológico – UPPM
    ACAM PORTINARI - ORGANIZAÇÃO SOCIAL DE CULTURA
  • Paulo Augusto Coelho de Souza
    Presidente do Conselho Administrativo
  • Angelica Fabbri
    Diretora Executiva
  • Luiz Antonio Bergamo
    Diretor Administrativo Financeiro
    MUSEU FELÍCIA LEIRNER E AUDITÓRIO CLAUDIO SANTORO – CAMPOS DO JORDÃO
  • Frederico David de Souza
    Gerente de Unidade
  • Educativo
    Ana Clara Atanazio Cunha
    Andreza Lima Damião
    Gabriela Nascimento dos Santos
    Leandra Fernandes Lucio
  • Administrativo
    Adina Iracema Cesarino | Assistente Administrativo
    Isabel Cristina dos Santos | Assistente Administrativo
  • Programação
    Laila Cristina Vils Alves De Souza
  • Acervo
    Letícia De Mello Menezes
  • Manutenção
    Fabrício Barbosa dos Santos | Ajudante de Manutenção
    Weverton Candido Ferreira | Manutenção Predial
  • Comunicação
    Juliana Faria da Silva | Assistente de Comunicação
  • Estagiários
    Bianca Almeida de Lima | Estagiária Educativo
    Laura Giglio dos Santos | Estagiária de Programação
    Vanessa Cristina Silva e Silva | Estagiária Educativo
    Vitória Isabeli Rafael de Castro | Estagiária Educativo
    EXPOSIÇÃO VIRTUAL
  • Fotografia
    Juliana Faria da Silva
  • Texto e Pesquisa
    Andreza Lima Damião
    Juliana Faria da Silva