Saudade (Lipaugus ater): Espécie endêmica do Brasil e que só ocorre nas regiões serranas do sudeste brasileiro. Seu habitat são as matas nebulares onde seu canto triste e demorado pode ser ouvido de longas distâncias. Sua alimentação principal consiste em pequenos frutos nativos.
Caneleirinho-de-chapéu-preto (Piprites pileata): É considerado uma das raridades da Serra da Mantiqueira. Essa espécie, infelizmente, encontra-se ameaçada de extinção devido à redução de seu habitat: a mata de araucária. Pode ser encontrada na Argentina e no Brasil, sendo Campos do Jordão - SP o principal local para avistá-la.
Papagaio-de-peito-roxo (Amazona vinacea): É uma das seis espécies de papagaios brasileiros que corre risco de extinção. A redução de seu habitat e a caça ilegal são as principais ameaças para a espécie. Seu principal alimento é o pinhão, semente da araucária, pinheiro que, infelizmente, também corre risco de ser extinta. Na Serra da Mantiqueira ainda é possível observá-lo com facilidade no Parque Estadual Campos do Jordão. A preservação das matas de araucária é essencial para sua sobrevivência.
Saíra-lagarta (Tangara desmaresti): Espécie de saíra que vive principalmente nas regiões serranas. Costuma voar em bandos que podem ter até mais de 15 aves. Chamam atenção por suas cores e se alimentam de frutos nativos, também frequentam comedouros. Podem ser atraídas com mamão e banana.
Pica-pau-rei (Campephilus robustus): É a maior espécie de pica-pau do Brasil e tamborila os troncos de árvores com duas batidas bem fortes. Pertence ao mesmo gênero do pica-pau dos desenhos animados, o pica-pau-bico-de-marfim (Campephilus principalis), nativo da América do Norte.
Pica-pau-dourado (Piculus aurulentus): Espécie de pica-pau quase ameaçada de extinção e associada a regiões serranas do Brasil. Em sua área de ocorrência dificilmente é confundido com outras espécies de pica-paus. Sua alimentação é composta por insetos encontrados em troncos de árvores podres.
Beija-flor-de-topete (Stephanoxis lalandi): É considerado um dos beija-flores mais raros do Brasil, sendo encontrado apenas nas regiões altas do sudeste brasileiro. Na época de reprodução os machos fazem exibições para as fêmeas em poleiros baixos das matas e campos de altitude.
Quete-do-sudeste (Microspingus lateralis): É uma espécie restrita às áreas de altitude do sudeste brasileiro. Frequenta comedouros de sementes e é observada com facilidade na região de Campos do Jordão.
Maria-faceira (Syrigma sibilatrix): Espécie pertencente à família das garças. Seu nome possui relação com as várias cores encontradas na região de sua cabeça. Costuma frequentar áreas abertas e alagadas.
Tiriba-de-testa-vermelha (Pyrrhura frontalis): Espécie pertencente à família dos papagaios e maritacas. Costuma voar em bandos que podem chegar a 30 aves. Frequenta comedouros de frutas e sementes.
Surucuá-variado (Trogon surrucura): É considerada uma espécie comum no sudeste brasileiro. No entanto, chama atenção por apresentar lindas cores e comportamento ameno. Costuma ficar pousado por vários minutos no mesmo local e sua vocalização característica pode ser identificada facilmente.
Tiê-preto (Tachyphonus coronatus): Essa espécie possui acentuadas diferenças morfológicas entre o macho e a fêmea. O macho é preto com topete vermelho, enquanto as fêmeas possuem a coloração marrom. São excelentes frequentadores de comedouros com frutas, a banana é um de seus alimentos preferidos.
Tucano-de-bico-verde (Ramphastos dicolorus): Espécie emblemática das regiões serranas. Costuma chamar atenção por suas belas cores, bico alongado e por sua vocalização que ecoa pelas matas. Sua alimentação consiste em frutos nativos, filhotes de outras aves, ovos e anfíbios que vivem em bromélias.
Caminheiro-de-barriga-acanelada (Anthus hellmayri): Espécie de ave que vive nos campos de altitude da Serra da Mantiqueira. Seu nome tem relação com seu comportamento de estar sempre caminhando pela vegetação campestre. Alimenta-se principalmente de insetos.
Tesoura-cinzenta (Muscipipra vetula): Espécie de ave que constantemente fica pousada em galhos expostos, local utilizado para caçar insetos voadores. Sua cor acinzentada contrasta com suas asas enegrecidas. Pode ser avistada nas bordas das matas de araucária.
Grimpeiro (Leptasthenura setaria): Essa espécie possui uma forte associação com a araucária, pois se alimenta de insetos que encontra entre as folhas do pinheiro e constrói seu ninho no mesmo local. No sul do Brasil, as folhas das araucárias são conhecidas como “grimpas”, o que resultou em seu nome popular. Infelizmente, a espécie encontra-se quase ameaçada de extinção, devido, principalmente, à redução de seu habitat.
Papa-moscas-de-costas-cinzentas (Polystictus superciliaris): Espécie considerada rara e que pode ser encontrada nas regiões dos campos de altitude da Serra da Mantiqueira. Sua alimentação é composta principalmente por insetos.
Saí-andorinha (Tersina viridis): Essa espécie chama atenção por sua coloração intensa. Os machos possuem plumagem azul, e as fêmeas são esverdeadas. Podem ser vistos em bandos e costumam pousar em galhos expostos, local utilizado para caçar insetos voadores.
Saracura-do-mato (Aramides saracura): Essa espécie também pode ser conhecida localmente como galinha d’água. Seu habitat são as áreas alagadas e brejosas. Costumam vocalizar nos finais de tarde. Muitas pessoas têm a crença que seu canto anuncia a chegada das chuvas.
Choca-de-chapéu-vermelho: É uma espécie que ocorre nas regiões sul e sudeste do Brasil. Na Serra da Mantiqueira pode ser encontrada em áreas abertas como os campos de altitude, de Campos do Jordão.